quarta-feira, 25 de abril de 2018

Internet e liberdade de expressão


Na década de 1960, auge da guerra fria, o Pentágono passou a estudar a criação de uma rede de comunicação entre computadores. Sob ameaça de um eventual ataque nuclear e em meio a corrida espacial (uma vez que os soviéticos saíram na frente com o lançamento do satélite Sputnik, em 1957) foi criada a agência Arpa (Advanced Research Projects Agency) que, por sua vez, criou em 1969 a ARPANet que tinha o objectivo de interligar as bases militares e os departamentos de pesquisa do governo americano envolvidos no projeto. Assim, o embrião da internet surgiu a partir do complexo industrial militar dos EUA. 

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Seguindo uma tradição do jornalismo pátrio Lula deve morrer


Existe uma tradição golpista arraigada em grande parte da imprensa brasileira. A defesa de uma interrupção violenta (armada ou não) da normalidade democrática por parte de jornais conservadores tem como um dos maiores exemplos o texto de Carlos Lacerda, publicado em seu jornal Tribuna da Imprensa em 1 de junho de 1950, onde dizia, sem qualquer rodeio:

"O sr. Getúlio Vargas senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar."

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Na Globo não somos racistas


Na quarta-feira (8 de novembro) o vazamento de um vídeo nas redes sociais culminou com o afastamento do âncora da Rede Globo William Waack. As imagens mostram o jornalista, ao lado de um entrevistado, reclamando do barulho que se ouve ao fundo quando afirma que aquilo “é coisa de preto”. O vídeo, naturalmente, teve grande visibilidade e repercussão, gerando uma onda de indignação e protesto. O episódio, segundo comentários postados pela Internet, revelaria a intolerância, natureza autoritária e conservadora de Waack, desmascarando a fleuma quase britânica com a qual tenta se apresentar.


sexta-feira, 26 de maio de 2017

A fiscalização dos gastos públicos e a democracia


Um grupo de entidades representativas de funcionários dos Tribunais de Contas lançou na Câmara Municipal de São Paulo, em 22 de maio, o movimento Muda TC, cujo objetivo é servir de “plataforma de debate, de acompanhamento dos projetos de leis que tratam dos temas e de abertura de diálogo sobre o assunto com academia, especialistas, jornalistas e agentes políticos e público em geral”.
Organizar um espaço para estabelecer uma política de transparência, eficiência e divulgação de informações sobre a questão das contas públicas e quais impactos que elas causam é, naturalmente, uma boa iniciativa a ser apoiada.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Um passeio pelo jornalismo brasileiro


Cásper Líbero, um dos modernizadores da imprensa nacional, foi o responsável pela criação da primeira escola de jornalismo do Brasil, que agora faz 70 anos.

O primeiro curso de jornalismo do Brasil completou 70 anos em 16 de maio de 2017. Seguindo a orientação testamentária de Cásper Líbero, em 1947 foi criada uma escola de jornalismo, atual Faculdade Cásper Líbero, que funciona em um dos edifícios símbolos de São Paulo, o “prédio da Gazeta”, em plena Av. Paulista, palco de inúmeras manifestações populares, desde comemorações esportivas até os protestos políticos.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

A greve geral e a traição da imprensa

Imediações da Praça da República, no centro de São Paulo, no dia da greve

No dia 28 de abril de 2017 a população brasileira realizou o que foi considerado por muitos a maior greve geral da nossa história. No entanto, a chamada grande imprensa tratou o caso como sendo um dia de caos no transporte público (em São Paulo ônibus, metro, trem e aviões pararam), potencial fonte de prejuízo econômico e motivo de incômodo para a classe média, além de enfatizar casos de violência e vandalismos.
Sobre a real motivação da greve muito pouco.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O carnaval do Temer



O carnaval de 2017,  do golpe, da crise, do protesto, tem incendiado blocos e foliões movidos a cerveja e marchinhas como não se via desde os velhos desfiles do século passado. Compositores anônimos animam a folia popular com suas músicas, apelando para o duplo sentido das letras, algumas simplesmente bem humoradas, outras mais agressivas de declarado protesto.